com José Miguel Gervásio
Aurora da Liberdade é uma estrutura mental apocalíptica que convida a ser invadida sem o propósito de vir a ser habitada. A sua história perde-se na forma do que se vê, para lá de tudo. A sua fantasia implica ser colhida no labirinto das aparências onde se cruzam todos os níveis de ver: imagem gume a do aranzel, elemento agregador de todo o processo e o acto de conferir um título e um limite formal, de produzir uma composição a partir de uma palavra, de uma ideia, do nada, do tudo, do esforço que lhe deu corpo. Agarre-se nesta forma entendida no contexto da expressão plástica, e imagine-se um sistema que possibilite ir até ao fim do mundo e voltar ao ponto de partida. É como um assobio melódico de quem se esqueceu de como assobiar, percebem? Apetece olhar a pequena árvore que cresce poética ao sabor do vento torto.